A Justiça de São Paulo suspendeu provisoriamente o leilão que havia transferido a construção e administração de 17 escolas públicas para uma parceria público-privada. A decisão foi tomada em resposta a um pedido do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) e também adiou a realização de um segundo leilão programado para o dia 4 de novembro. O juiz responsável destacou que a gestão democrática é uma diretriz fundamental para a educação pública, enfatizando a conexão entre o ambiente escolar e o projeto pedagógico.
O leilão realizado anteriormente resultou na escolha do Consórcio Novas Escolas Oeste SP, que ofereceu uma proposta de R$ 3,38 bilhões para a construção e manutenção das novas escolas. A empresa líder do consórcio, Engeform Engenharia Ltda., comprometeu-se a entregar 462 salas de aula para atender 17.160 alunos em diversas cidades do interior de São Paulo. O governo estadual deve iniciar os pagamentos apenas após a entrega das escolas, previstas para serem concluídas entre 2026 e 2027.
Os protestos contra a privatização das escolas públicas ocorreram durante o leilão, refletindo a resistência de grupos que defendem a gestão pública da educação. O governo, que já havia privatizado outros serviços, continua a explorar parcerias com a iniciativa privada, porém, as atividades pedagógicas permanecerão sob responsabilidade do Estado. O projeto de construção das escolas faz parte de uma estratégia maior de reforma e modernização da educação pública em São Paulo, buscando melhorar a infraestrutura escolar e a qualidade dos serviços oferecidos.