A Justiça da Paraíba rejeitou, pela quarta vez, o pedido de prisão preventiva de um pediatra acusado de abusar de crianças em seu consultório em João Pessoa. A decisão foi tomada pela 4ª Vara Criminal da cidade, com base em novas alegações de que o médico estaria tentando intimidar as vítimas através de contatos telefônicos e nas redes sociais. O advogado das vítimas apresentou um pedido argumentando que o acusado fez ameaças veladas, mas a defesa do médico afirmou que as chamadas foram acidentais.
O juiz responsável pela decisão, José Guedes, considerou que as evidências não foram suficientes para caracterizar uma intenção clara de ameaça, mesmo reconhecendo que a conduta do médico não era adequada para alguém sob acusação de um crime grave. Como alternativa à prisão, o juiz impôs medidas cautelares, proibindo o médico de manter qualquer contato com as vítimas ou seus familiares.
A primeira audiência de instrução está marcada para o dia 29 de outubro, e o processo tramita em segredo de justiça, conforme informações do Tribunal de Justiça da Paraíba. A sessão pode ocorrer de forma presencial ou semipresencial, dependendo das decisões das partes envolvidas. A expectativa agora se volta para o desenrolar do julgamento e o posicionamento da Justiça sobre as alegações apresentadas.