A Justiça Federal concedeu liberdade provisória a uma advogada envolvida em uma investigação sobre um rombo de R$ 400 milhões na cooperativa de saúde Unimed Cuiabá. A advogada, que foi presa durante uma operação policial, é acusada de facilitar práticas ilícitas enquanto prestava serviços jurídicos à cooperativa. Em nota, seu escritório classificou a prisão como ilegal e informou que tomará as medidas cabíveis para contestar o que considera um abuso de autoridade.
A operação, que investiga a atuação de ex-dirigentes da Unimed e outros envolvidos, apura crimes de falsidade ideológica, estelionato, lavagem de dinheiro e organização criminosa entre os anos de 2019 a 2023. A Polícia Federal também identificou irregularidades contábeis significativas na apresentação de documentos à Agência Nacional de Saúde Suplementar, evidenciando uma gestão financeira comprometida por práticas questionáveis.
Além disso, um acordo firmado entre o Ministério Público Federal e a Unimed Cuiabá em abril deste ano reconheceu a participação da cooperativa em práticas irregulares, comprometendo-se a pagar multas e implementar um programa de compliance. A cooperativa informou que o atendimento na rede permanece inalterado, sem impactos para clientes e prestadores de serviços, enquanto as investigações prosseguem.