Robert Roberson, um homem do Texas, enfrenta a execução programada para quinta-feira (17) após ser condenado pela morte de sua filha de 2 anos, um caso que remonta a 2002. O detetive que inicialmente o acusou, Brian Wharton, agora alega ter cometido um erro, afirmando que o comportamento de Roberson, que é autista, foi mal interpretado durante o julgamento. A acusação de homicídio se baseou em evidências de síndrome do bebê sacudido, mas novos laudos e análises sugerem que a morte da criança pode ter sido causada por complicações de pneumonia não diagnosticada.
Desde então, Wharton, agora um pastor, tem se unido a um movimento de apoio à reversão da condenação de Roberson, que inclui políticos e defensores dos direitos civis. Este grupo argumenta que a condenação foi fundamentada em evidências científicas falhas e faz um apelo público ao governador do Texas por clemência. Embora promotores mantenham que as provas contra Roberson são sólidas, o ex-detetive expressa arrependimento por não ter considerado outras explicações médicas para os sintomas da criança.
A situação reacende o debate sobre a validade dos diagnósticos de síndrome do bebê sacudido e a aplicação da pena de morte nos Estados Unidos. A legislação do Texas permite que o governador conceda uma suspensão de execução, mas as clemências são raras e, desde 2015, apenas um caso teve a pena de morte comutada. Com a data da execução se aproximando, o caso de Roberson continua a levantar questões cruciais sobre a justiça criminal e o tratamento de indivíduos no sistema judicial.