Neste domingo (27), a Justiça Eleitoral do Brasil esclareceu que não possui informações sobre uma suposta orientação de voto da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) em relação ao candidato a prefeito de São Paulo. A assessoria de imprensa do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo afirmou que não recebeu nenhum relatório de inteligência ou dados oficiais sobre o caso, em resposta a questionamentos da Radioagência Nacional.
O candidato Guilherme Boulos (PSol) protocolou uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) contra o governador do estado, que, sem apresentar provas, alegou que membros da facção teriam instruído apoiadores a votarem em Boulos. A declaração foi feita durante uma coletiva de imprensa no local de votação do governador, o que gerou controvérsia sobre o uso do cargo para influenciar o processo eleitoral.
Na ação, o advogado de Boulos argumenta que a declaração do governador foi feita com o intuito de interferir no resultado da eleição, escolhendo um momento estratégico para sua divulgação, coincidente com o horário da votação. A defesa sustenta que a atitude do governador foi realizada em coordenação com a campanha do atual prefeito, caracterizando uma ação abusiva e contrária à ética eleitoral. A reportagem busca uma posição oficial do governo de São Paulo sobre as alegações apresentadas.