A Justiça Eleitoral determinou que o governador de Goiás e um candidato à prefeitura de Goiânia foram acusados de abuso de poder político, devido à utilização do programa Goiás Social para beneficiar uma candidatura em troca de votos. A denúncia partiu da campanha de um concorrente, que alegou que eventos realizados nos dias 17, 19 e 20 de outubro foram utilizados para promover o candidato apoiado pelo governador, o que configuraria uma violação das normas eleitorais. Documentos anexados ao processo incluem fotos e vídeos que sugerem a presença de material de campanha durante a distribuição de cestas básicas.
O programa, que já existe há mais de quatro anos e atende à população vulnerável, foi considerado pela Justiça como uma ferramenta indevida para favorecer um candidato específico, desequilibrando o processo eleitoral. A juíza responsável pelo caso destacou que a legislação veda a utilização de recursos públicos para promoção pessoal de candidatos. Em resposta, os envolvidos negaram as acusações e prometeram tomar medidas judiciais contra as alegações, argumentando que os eventos sempre foram abertos ao público.
Em decorrência da decisão, o governador e o candidato, juntamente com sua vice, estão proibidos de realizar atividades políticas que envolvam a entrega de benefícios em troca de votos. A juíza reafirmou a necessidade de respeitar as diretrizes da legislação eleitoral para garantir um pleito justo. Em uma tentativa de evitar mais complicações, o governador anunciou a suspensão do programa de assistência social até a próxima semana.