A Justiça do Rio de Janeiro decidiu prorrogar por mais cinco dias as prisões temporárias de quatro pessoas ligadas à investigação do laboratório responsável por testes de doadores. A operação foi iniciada após denúncias de que seis pacientes transplantados contraíram HIV devido a falhas nos procedimentos de controle de qualidade. O laboratório, que recebeu R$ 11 milhões da Fundação Saúde, foi interditado após a confirmação dos casos de infecção.
As investigações apontaram que a falha nos testes foi motivada por tentativas de reduzir custos, resultando em graves consequências para os pacientes. Durante a operação policial, um dos detidos foi encontrado no Aeroporto Internacional do Galeão, suspeito de não realizar as verificações necessárias nos equipamentos usados para os testes. Outros envolvidos também estão sendo investigados por suas responsabilidades na assinatura de laudos de exames.
As apurações estão sendo conduzidas pelo Ministério Público e pela Polícia Civil, que examinam também a contratação emergencial do laboratório. Embora alguns indivíduos tenham negado qualquer participação em atividades ilícitas, as investigações continuam, e novas informações podem surgir à medida que os órgãos competentes aprofundam suas análises sobre o caso.