A Justiça Federal de Santa Catarina decidiu que o ex-presidente prestará depoimento oral no processo administrativo contra o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, em vez de responder por escrito. A decisão, proferida pelo juiz Eduardo Kahler Ribeiro, atendeu ao pedido da defesa do ex-diretor, que argumentou que um depoimento escrito poderia comprometer o direito à ampla defesa e ao contraditório. O ex-presidente foi arrolado como testemunha de defesa pelo ex-diretor, que é investigado por possíveis irregularidades durante sua gestão.
O processo, que está sob a responsabilidade da Controladoria-Geral da União, já havia exigido que a defesa do ex-diretor apresentasse perguntas para serem respondidas por escrito pelo ex-presidente. Além dele, outro ex-ministro também foi indicado como testemunha, embora seu depoimento deva ser por escrito. A determinação da Justiça impede qualquer contato entre as testemunhas, conforme ordem do Supremo Tribunal Federal.
O ex-diretor da PRF está sendo investigado por suas ações durante a campanha eleitoral de 2022, incluindo sua participação em eventos que favoreciam o então candidato. A investigação, que começou na Corregedoria da PRF, levantou questões sobre a imparcialidade do cargo público e o uso indevido da função, o que pode resultar na cassação de sua aposentadoria como policial.