A Justiça determinou a prisão temporária da coordenadora técnica de um laboratório no Rio de Janeiro, durante uma audiência na Central de Custódia de Benfica. A prisão ocorreu após a apreensão de equipamentos eletrônicos em sua residência, indicando investigações em curso relacionadas à manipulação de resultados de testes de HIV. A técnica é acusada de alterar a frequência dos protocolos de checagem de antígenos, visando aumentar os lucros do laboratório.
A investigação revelou que dois doadores de órgãos apresentaram laudos errados para HIV, o que levou à infecção de seis pacientes transplantados. A situação é alarmante, pois esses laudos equivocados poderiam ter sido evitados com a devida observância dos procedimentos padrão de testes. Além da coordenadora, outras quatro pessoas ligadas ao laboratório também tiveram prisões temporárias decretadas.
A situação gerou uma crise de confiança no setor de saúde, resultando na renúncia da diretoria da fundação responsável pela contratação do laboratório. As autoridades continuam a investigar as práticas do laboratório, enquanto a comunidade médica e os familiares das vítimas buscam respostas sobre a gravidade das falhas nos testes realizados.