A Justiça do Rio de Janeiro proferiu uma sentença de 17 anos e nove meses de prisão para um homem condenado por tentativa de feminicídio e tortura contra uma jornalista. O caso, que chamou atenção pela gravidade das agressões, ocorreu em abril de 2022, quando a vítima foi mantida em cárcere privado por três dias em um apartamento na Zona Sul da cidade. Durante o julgamento, que durou mais de nove horas, a juíza responsável afirmou que o réu não teria direito a recorrer da sentença em liberdade, destacando a necessidade de garantir a aplicação da lei penal.
Exames realizados na vítima constataram traumatismo craniano e fratura na mandíbula, evidenciando a violência das agressões sofridas. Durante as investigações, a polícia encontrou objetos que foram utilizados nas agressões, como um bastão retrátil e um soco inglês, em uma busca no apartamento do réu. A vítima relatou o desespero que enfrentou ao descer nove andares de escada em busca de ajuda, ressaltando a urgência de sua situação.
A decisão judicial reforçou que o acusado deve permanecer preso, dado o tempo que já cumpriu de detenção e a gravidade dos crimes. A juíza argumentou que não há motivos que justifiquem a revogação da prisão, e a proteção da vítima e da sociedade é uma prioridade. Este caso destaca a importância de se combater a violência de gênero e garantir a segurança das vítimas em situações de risco.