A Justiça Federal do Paraná impôs uma pena de 56 anos de prisão a um empresário por liderar um esquema de pirâmide financeira que envolvia criptomoedas, prejudicando cerca de 15 mil investidores. A investigação da Polícia Federal revelou que ele captava recursos de diversas pessoas, prometendo retornos irregulares e movimentando ilegalmente mais de R$ 4 bilhões. O juiz federal Nivaldo Brunoni destacou a falta de consideração do réu em relação às economias de suas vítimas, muitas das quais investiram todo o seu patrimônio.
Além do líder do esquema, outras cinco pessoas foram condenadas, com penas que variam de 11 a 48 anos, dependendo da gravidade dos crimes cometidos. O magistrado ressaltou que o réu condicionava a retirada de valores a novos investimentos, levando as vítimas a convencerem amigos e familiares a participarem do esquema. Os bens apreendidos, que incluíam imóveis de luxo, carros e jóias, foram destinados à compensação das vítimas.
O empresário havia sido preso em 2022, mas estava em liberdade até sua nova detenção em agosto de 2023, por descumprimento de medidas cautelares. As investigações apontam que ele utilizava um sofisticado teatro para atrair investidores, incluindo a contratação de um ator para simular um CEO em suas empresas. O caso expõe as vulnerabilidades do mercado de criptomoedas e a necessidade de vigilância para proteger investidores de fraudes financeiras.