O Tribunal de Justiça de Minas Gerais acatou a denúncia do Ministério Público contra um ex-dirigente de um clube mineiro, acusado de apropriação indébita. O processo determina que o acusado se manifeste em um prazo de 10 dias. Caso não apresente defesa, a Defensoria Pública será responsável por sua representação. A investigação, que durou cerca de dois anos, revelou indícios de conduta criminosa, e o clube é considerado vítima na ação, com o MP solicitando a devolução de R$ 4 milhões.
As investigações realizadas pela Promotoria Criminal de Belo Horizonte e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado apontaram que o acusado recebeu valores exorbitantes durante sua gestão. O ex-dirigente foi contratado em 2009 e, ao longo de seu período de trabalho, seus vencimentos aumentaram significativamente, com pagamentos que em alguns anos ultrapassaram os R$ 3 milhões. Essa evolução salarial levantou suspeitas sobre a regularidade das transações financeiras realizadas.
A apropriação indébita, prevista no Código Penal, refere-se à apropriação de bens alheios, e a denúncia se baseia em indícios de que o acusado não devolveu valores que pertenciam ao clube. O crime pode resultar em penas de reclusão de um a quatro anos, além de possíveis implicações com outras práticas criminosas. O caso destaca a necessidade de rigor nas práticas financeiras dentro das instituições esportivas e a importância da investigação em casos de irregularidades.