O Tesouro Prefixado 2035 e o Tesouro Prefixado 2027 apresentaram taxas recordes de 12,79% e 12,92% ao ano, respectivamente, em um cenário de pessimismo com as contas públicas. Apesar dos altos rendimentos, analistas apontam que esses papéis trazem mais riscos do que benefícios, uma vez que há expectativas de novas elevações nas taxas de juros, o que poderia desvalorizar as compras atuais. Essa incerteza é amplificada pela falta de clareza sobre a trajetória da Selic e a saúde fiscal do país.
As expectativas de um repique inflacionário, decorrentes da política fiscal do governo, também preocupam os investidores. A inflação pode corroer os rendimentos dos títulos prefixados, tornando-os menos atraentes. Especialistas recomendam uma cautela redobrada, sugerindo que o Tesouro IPCA+ pode ser uma alternativa mais segura, já que oferece uma parte da remuneração atrelada à inflação, mitigando assim os riscos associados aos prefixados.
Diante desse panorama, a recomendação para os investidores que ainda desejam aplicar em títulos prefixados é evitar prazos longos. O foco no curto prazo é considerado mais prudente, devido à maior previsibilidade, enquanto os títulos pós-fixados e IPCA+ são vistos como opções com riscos mais equilibrados. A situação atual exige uma análise cuidadosa antes de decidir sobre investimentos em um cenário marcado por incertezas econômicas.