O júri da 1ª Vara Judicial da Comarca de Estância Velha condenou um homem a 30 anos e nove meses de prisão pelo homicídio de sua esposa, ocorrido em agosto de 2017. O acusado invadiu a sala onde a vítima lecionava e a matou por asfixia, conforme informações do Ministério Público. Além do homicídio qualificado, ele também foi condenado por constrangimento ilegal e posse irregular de arma de fogo. O réu, que já se encontrava preso desde 2022, deverá cumprir pena em regime fechado.
O julgamento, realizado na noite de quinta-feira (24), gerou controvérsia, pois a defesa alegou que a tese apresentada não foi adequadamente considerada pelo juiz. Segundo os advogados, a decisão do juiz presidente cerceou o direito de defesa, uma vez que a tese não foi submetida aos jurados, comprometendo a legitimidade do processo. Essa argumentação evidencia a tensão entre os direitos do réu e os procedimentos judiciais, levantando questões sobre a imparcialidade do julgamento.
O caso teve ampla repercussão, principalmente após a captura do acusado em 2022 no Amazonas, onde foi encontrado utilizando documentos falsos. A investigação, realizada pela Polícia Civil, confirmou que ele era procurado pela Interpol devido ao mandado de prisão por homicídio. A brutalidade do crime e as circunstâncias que o cercaram, como a presença de outras vítimas no local, geraram forte impacto na comunidade local e chamaram a atenção para a necessidade de um sistema judicial que garanta tanto a justiça para as vítimas quanto os direitos dos acusados.