O julgamento dos ex-policiais militares, acusados do assassinato da vereadora e do motorista, teve início no 4º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro, mais de seis anos após o atentado ocorrido em março de 2018. No primeiro dia de sessões, que durou mais de 13 horas, todas as testemunhas e os réus foram ouvidos. A juíza responsável pelo caso, após os depoimentos, decidiu suspender a sessão, que será retomada para a conclusão dos trabalhos. Durante o processo, os jurados, compostos por sete homens, serão responsáveis pela decisão sobre a condenação dos acusados, que podem pegar até 84 anos de prisão.
Entre as testemunhas que depuseram estão familiares e pessoas próximas das vítimas, que compartilharam relatos emocionantes sobre o impacto do crime em suas vidas. A primeira a falar foi uma assessora da vereadora, que sobreviveu ao atentado e descreveu a cena do ataque e suas consequências. A mãe e a viúva da vereadora também relataram a dor da perda e o legado deixado por ela, ressaltando suas lutas e conquistas na vida pública. O depoimento das testemunhas foi intercalado com os relatos dos réus, que apresentaram suas versões dos fatos e expressaram suas emoções em relação ao ocorrido.
O julgamento, que inclui um processo paralelo envolvendo supostos mandantes, promete ser complexo e deve durar pelo menos mais um dia, com a expectativa de que novas testemunhas sejam ouvidas. A juíza calculará as penas dos réus caso sejam condenados. O caso, que gerou ampla repercussão na sociedade, segue sendo acompanhado de perto pela população e pela mídia, simbolizando a luta por justiça em um dos episódios mais emblemáticos da política brasileira recente.