O julgamento de um homem acusado de assassinar um jovem ator e seus pais foi anulado pela Justiça após o réu decidir destituir seu advogado durante o processo. Segundo especialistas, essa ação foi vista como uma tentativa do acusado de adiar o andamento do caso, que teve grande repercussão na mídia. O crime, ocorrido em junho de 2019, foi motivado por ciúmes excessivos do pai em relação à sua filha, que mantinha um relacionamento com a vítima. Após quase três anos foragido, o réu foi preso em maio de 2022.
A decisão do réu de destituir o advogado gerou críticas, sendo considerada uma estratégia arriscada que impediu sua presença durante os depoimentos de testemunhas importantes, incluindo sua ex-esposa e sua filha. Durante seu depoimento, a filha revelou situações de controle extremo e confinamento que viveu sob a autoridade do pai, o que aumentou a gravidade do caso e chamou a atenção do público. Apesar da anulação do julgamento, o réu permanecerá em prisão preventiva até um novo julgamento, previsto para o próximo ano.
O caso repercutiu nacionalmente, sendo comparado a outros episódios de violência familiar que chocaram a sociedade brasileira. A comoção é impulsionada não apenas pela tragédia do assassinato, mas também pelas dificuldades enfrentadas pela filha do acusado, que viu sua liberdade cerceada. Especialistas acreditam que, mesmo com a anulação, o caso continuará a ser lembrado, destacando a necessidade de discutir a violência doméstica no país.
