Oito dos 11 juízes da Suprema Corte do México renunciaram, incluindo a presidente do tribunal, em resposta a uma reforma constitucional recente que exige a eleição popular dos juízes. A decisão de renunciar está ligada à necessidade de se afastarem antes da eleição marcada para junho, a fim de preservar suas pensões, o que gerou descontentamento entre os trabalhadores do sistema judiciário. As renúncias vão impactar significativamente a composição do tribunal, que será reduzido para nove membros.
As saídas dos juízes aumentam as tensões entre o Judiciário e o governo, elevando o risco de uma crise constitucional. O Congresso e a presidência estão em desacordo com a Suprema Corte sobre a reforma, que continua a gerar controvérsias. A juíza Gutierrez, em sua carta de renúncia, destacou que sua saída não implica a aceitação da constitucionalidade da reforma, refletindo o descontentamento dos magistrados com a mudança proposta.
Este cenário ressalta as dificuldades enfrentadas pelo sistema judiciário mexicano e as possíveis repercussões políticas da reforma. Com apenas três juízes apoiando publicamente as alterações, a situação atual apresenta um desafio significativo para a estabilidade do Judiciário e seu relacionamento com as outras esferas do governo.