Uma juíza federal dos Estados Unidos, Aileen Cannon, recusou-se a se afastar do caso criminal envolvendo um homem acusado de tentar assassinar um ex-presidente do país. Em sua decisão, Cannon afirmou que os advogados do réu não apresentaram argumentos suficientes para justificar sua remoção do caso. A juíza, nomeada em 2020, já enfrentou críticas por suas decisões anteriores em casos que envolvem o ex-presidente, incluindo acusações de manejo inadequado de documentos confidenciais e obstrução da justiça.
As acusações contra o réu, que se declarou inocente, incluem ter aguardado em um campo de golfe com um rifle. Se condenado, ele poderá enfrentar uma pena de prisão perpétua. Os advogados do acusado argumentaram que a relação de Cannon com o ex-presidente, sua nomeação e a possibilidade de ser indicada para um tribunal superior caso ele vença uma futura eleição poderiam levar à percepção de parcialidade por parte do público.
O Departamento de Justiça está apelando de uma decisão anterior de Cannon, que rejeitou acusações contra o ex-presidente, alegando que o procurador especial não tinha autoridade para apresentar o caso. A situação gera um debate sobre a imparcialidade no sistema judiciário, especialmente em casos que envolvem figuras políticas proeminentes e suas implicações legais.