Uma juíza federal nos Estados Unidos, Jennifer Rochon, decidiu bloquear a aquisição de US$ 8,5 bilhões pela Tapestry, empresa responsável pelas marcas Coach e Kate Spade, da rival Capri Holdings. A decisão foi tomada em 24 de outubro de 2024, após a juíza concluir que a fusão seria anticompetitiva, resultando em uma concentração de 59% do mercado de luxo acessível. Essa ação permite que a Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC) conduza uma análise mais aprofundada sobre o impacto da fusão no setor, o que pode levar meses.
A juíza destacou que a fusão eliminaria uma concorrência direta entre as empresas, o que prejudicaria os consumidores, que dependem de opções de bolsas de qualidade a preços acessíveis. Henry Liu, diretor do escritório de Competição da FTC, comemorou a decisão, afirmando que ela é benéfica para os consumidores que buscam diversidade no mercado. A análise judicial observou que as marcas em questão operam em um segmento distinto, com consumidores fazendo distinções importantes entre bolsas de luxo acessível e aquelas de alto luxo.
A decisão surpreendeu analistas, que não esperavam tal resultado tão rapidamente. Durante o processo, surgiram documentos selados que influenciaram a percepção do tribunal sobre a relevância do mercado antitruste das bolsas. A Tapestry e a Capri têm opções de apelação, mas a urgência do calendário pode complicar suas possibilidades de reverter a decisão antes do prazo final da fusão em fevereiro.