Uma jornalista de 47 anos afirmou ter sido vítima de injúria racial ao ser acusada de furtar um desodorante em uma farmácia em Santos, São Paulo. O incidente ocorreu quando ela foi seguida e abordada por funcionários do estabelecimento após ter procurado o produto devido a uma campanha de marketing. A Fundação Procon-SP notificou a farmácia, demandando informações sobre a empresa responsável pela segurança no local e alertando sobre a adesão aos princípios para o combate ao racismo nas relações de consumo.
Durante a abordagem, a jornalista relatou ter sido intimidada por um segurança e um supervisor da farmácia, que alegaram que ela havia escondido o produto na bolsa. Mesmo após sua negativa e a ameaça de chamar a polícia, o segurança insistiu nas acusações. A situação se agravou, e a mulher contatou familiares para buscar orientação legal. A Polícia Militar foi chamada ao local, onde os agentes foram informados sobre a ocorrência e a acusação de racismo, com o funcionário reconhecendo seu erro e pedindo desculpas.
A empresa Raia Drogasil, responsável pela farmácia, declarou que está investigando o caso e reafirmou seu compromisso com a não discriminação. O Procon-SP também informou que possui um canal específico para denúncias de atitudes racistas durante as relações de consumo, ressaltando a importância de as empresas implementarem protocolos de prevenção e capacitação contínua de seus funcionários para evitar ocorrências semelhantes no futuro.