A Johnson & Johnson, gigante farmacêutica norte-americana, foi condenada a pagar US$ 15 milhões a um homem de Connecticut que afirma ter desenvolvido mesotelioma após o uso de talco da empresa por várias décadas. A decisão foi proferida por um júri no Tribunal Superior do Condado de Fairfield, que também determinou que a empresa pagará danos punitivos, a serem fixados posteriormente pelo juiz responsável pelo caso. O demandante, Evan Plotkin, alega que sua doença é resultado da inalação do talco para bebês da empresa.
Em resposta à condenação, a Johnson & Johnson anunciou que irá recorrer da decisão, argumentando que avaliações científicas independentes indicam que seu talco é seguro e livre de amianto, não causando câncer. A empresa expressou preocupação com o que considera decisões judiciais que impediram a apresentação de informações cruciais durante o julgamento, destacando que o veredito contradiz décadas de estudos que confirmam a segurança de seus produtos.
A condenação ocorre em um contexto em que a Johnson & Johnson busca resolver alegações de mais de 62 mil pessoas que afirmam ter desenvolvido câncer devido ao uso de seus produtos de talco. A empresa está em processo de negociação para um acordo de quase US$ 9 bilhões, embora esse acordo não inclua especificamente as reivindicações por mesotelioma, como a de Plotkin. As alegações apontam para a contaminação de seus produtos com amianto, substância reconhecida como cancerígena.