O jogo do bicho, prática tradicionalmente associada à cultura carioca, continua sendo uma atividade lucrativa e presente em diversos bairros da cidade, mesmo após a prisão de um dos principais contraventores do Rio, Rogério de Andrade. Segundo o especialista em jogo do bicho, Michel Misse, a atividade se expandiu para além dos números e animais, abrangendo agora caça-níqueis, jogos eletrônicos e até mesmo cassinos clandestinos.
A prisão de Rogério de Andrade, acusado de envolvimento em um homicídio, ocorreu no âmbito da Operação Último Ato, que investiga uma série de crimes relacionados a disputas entre contraventores. Apesar da prisão de figuras proeminentes, o jogo do bicho demonstra uma resiliência impressionante, adaptando-se a novas modalidades e resistindo à repressão policial.
Misse destaca que, embora a competição com outras formas de jogo tenha impactado o bicho, a tradição centenária da prática garante sua persistência no cenário carioca. A complexa relação entre o jogo do bicho, a cultura popular e a economia informal do Rio de Janeiro revela a dificuldade em erradicar essa atividade, que se enraíza profundamente na história e no cotidiano da cidade.