O Senado da Itália aprovou uma nova lei que proíbe os cidadãos italianos de recorrerem à barriga de aluguel em países onde essa prática é permitida. A lei, que já proíbe a prática dentro da Itália, estabelece penalidades rigorosas para aqueles que desrespeitarem a nova norma, incluindo uma pena de até dois anos de prisão e multas que podem chegar a R$ 6 milhões. Essa legislação reflete a postura conservadora do governo da primeira-ministra Giorgia Meloni, que argumenta que a lei visa proteger as mulheres que poderiam ser exploradas como gestantes.
A decisão do Senado gerou controvérsia, especialmente entre ativistas de direitos LGBTQ+, que alegam que a medida tem o intuito de limitar as opções de casais homoafetivos que desejam ter filhos. A discussão em torno da barriga de aluguel na Itália é complexa, envolvendo questões de ética, direitos reprodutivos e igualdade familiar. Muitos críticos veem a nova lei como uma forma de discriminação que afeta diretamente os direitos das famílias que não se encaixam nos padrões tradicionais.
Além disso, a lei surge em um contexto mais amplo de debates internacionais sobre a barriga de aluguel, onde outros países também avaliam suas políticas a respeito. A posição do Papa Francisco, que recentemente pediu a proibição dessa prática, também influencia o discurso público. Assim, a Itália se junta a um número crescente de nações que buscam regular a gestação por procuração em um cenário de crescente demanda e desafios éticos relacionados.