O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, reiterou sua decisão de declarar o secretário-geral da ONU, António Guterres, como persona non grata, alegando a falta de uma condenação adequada dos ataques do Irã e da conduta antisemita em relação a Israel. Desde o dia 2 de outubro, Katz impediu Guterres de entrar em território israelense, afirmando que a posição do secretário não mudará, independentemente do apoio que ele busque entre os membros da ONU.
O porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, criticou essa decisão, caracterizando-a como uma manobra política e um ataque à equipe da organização. Ele destacou que a ONU não reconhece o conceito de persona non grata para seus funcionários e que, até o momento, não houve comunicação formal da parte de Israel sobre essa proibição. A posição da ONU em apoio a Guterres foi reafirmada pelo Conselho de Segurança, que ressaltou que evitar o diálogo com o secretário-geral é contraproducente, especialmente em um contexto de crescente tensão no Oriente Médio.
A escalada das hostilidades na região foi acentuada pelo recente disparo de mais de 180 mísseis do Irã contra Israel, que ocorreu em meio a confrontos entre Israel e o Hezbollah no Líbano. Apesar da interceptação de muitos desses mísseis, alguns conseguiram ultrapassar as defesas antimísseis israelenses. Guterres condenou os ataques e a intensificação do conflito, enquanto Israel mobilizava suas tropas para o sul do Líbano.