O gabinete do primeiro-ministro de Israel declarou que ouvirá as opiniões dos Estados Unidos, mas tomará suas decisões de acordo com seus próprios interesses nacionais. Essa afirmação foi feita em resposta a informações de que o primeiro-ministro estaria disposto a atacar alvos militares no Irã, evitando instalações nucleares e petrolíferas. A declaração surge em um contexto de tensões crescentes após um ataque de mísseis do Irã contra Israel, ocorrido no início de outubro, em meio a um conflito em escalada entre Israel e o grupo Hezbollah no Líbano.
De acordo com o artigo do Washington Post, Netanyahu indicou ao governo Biden que um contra-ataque seria direcionado a instalações militares, o que sugere uma abordagem mais limitada, com o objetivo de prevenir uma guerra em larga escala. A decisão de Israel é também influenciada pela necessidade de não parecer que está interferindo nas eleições nos Estados Unidos, conforme informado por autoridades do governo.
O presidente Biden expressou que não apoiaria um ataque a instalações nucleares iranianas, enquanto os mercados de petróleo permanecem cautelosos diante da possibilidade de um ataque israelense a campos de petróleo do Irã. Há preocupações nos estados do Golfo sobre a retaliação iraniana, que poderia afetar suas próprias infraestruturas petrolíferas, caso o conflito se intensifique.