O Exército de Israel classificou, em um comunicado recente, seis repórteres da Al Jazeera em Gaza como membros das organizações militantes Hamas e Jihad Islâmica. A alegação foi prontamente rejeitada pela rede do Qatar, que denunciou a tentativa de silenciar seu trabalho jornalístico em uma região marcada por conflitos. A Al Jazeera enfatizou que as acusações servem como uma justificativa para possíveis ataques a seus jornalistas, alertando para os riscos enfrentados por profissionais de mídia na área.
De acordo com o Exército israelense, documentos encontrados em Gaza teriam evidências de vínculos dos jornalistas com os grupos mencionados, incluindo listas com detalhes pessoais, salários e informações sobre treinamento militar. A autenticidade desses documentos, no entanto, não foi imediatamente verificada por fontes independentes. A Al Jazeera, por sua vez, classificou as alegações como fabricadas e parte de um padrão de hostilidade sistemática, que inclui ações anteriores como a invasão de seus escritórios e a apreensão de equipamentos.
O Catar, país que criou a Al Jazeera em 1996, tem buscado reforçar sua influência global por meio da rede de mídia. Além disso, juntamente com o Egito e os Estados Unidos, o Catar tem mediado negociações de cessar-fogo entre Israel e Hamas, embora as conversas estejam estagnadas há meses. A situação destaca os desafios enfrentados por jornalistas na região, que operam sob constante risco em meio a um ambiente de intensos conflitos e hostilidades.