No Paraná, a irrigação artificial está se consolidando como uma alternativa viável para produtores agrícolas que enfrentam os desafios da escassez hídrica. Entre janeiro e agosto deste ano, a região de Paranavaí registrou uma redução de 41% no volume de chuvas, passando de 912 milímetros esperados para apenas 537 mm. Em resposta, muitos agricultores estão adotando sistemas de irrigação, que variam desde pequenas propriedades de meio hectare até grandes áreas de 800 hectares, para garantir a produtividade de suas culturas.
Um exemplo positivo dessa prática é a chácara Santa Maria, em Santa Cruz de Monte Castelo, onde a irrigação tem permitido a produção mensal de 21 mil litros de leite, com metade da área do pasto sendo irrigada. O investimento inicial na instalação do sistema de irrigação foi de aproximadamente R$ 80 mil, e ele se adapta automaticamente às necessidades da plantação. Além disso, outra propriedade utiliza um sistema de gotejamento para irrigar mais de 168 mil pés de laranja, mantendo o solo adequadamente molhado durante várias horas.
Apesar das evidentes vantagens, apenas 6% das propriedades no estado utilizam irrigação, o que se deve, em grande parte, ao alto custo de implementação. Para incentivar a adoção dessa tecnologia, novos projetos de financiamento estão sendo lançados, com foco em apoiar especialmente os pequenos produtores. O objetivo é garantir que eles permaneçam no campo e contribuam para a produção agrícola, mesmo diante das adversidades climáticas.