A discussão sobre investimentos públicos e a dívida pública destaca a importância de uma análise que vá além dos números imediatos. Focar apenas no tamanho da dívida atual ignora o potencial transformador de investimentos voltados ao desenvolvimento humano e à melhoria das condições sociais. Políticas que garantam direitos humanos e promovam a educação não apenas reduzem desigualdades, mas também contribuem para a estabilidade fiscal ao diminuir a necessidade de gastos emergenciais em áreas como segurança e saúde.
Investimentos em educação, por exemplo, resultam em mão de obra mais qualificada, aumentando a produtividade e, consequentemente, as receitas públicas. Além disso, a educação fortalece instituições e melhora a qualidade da governança, o que combate a corrupção e o desperdício de recursos. Essa abordagem preventivo-estratégica é mais eficaz do que medidas reativas, ajudando a evitar gastos excessivos com repressão e construções de presídios.
Outras áreas, como infraestrutura urbana e políticas ambientais, também demonstram a relevância de um planejamento de longo prazo. Investir em melhorias urbanas e na adaptação às mudanças climáticas pode economizar bilhões em custos futuros relacionados a desastres e insegurança. Portanto, a chave para a estabilidade fiscal reside não apenas em cortes indiscriminados de gastos, mas em identificar áreas estratégicas para investimento que promovam um ciclo virtuoso de crescimento e desenvolvimento sustentável.