O Ministério Público de São Paulo denunciou três vereadores da Câmara de Ubatuba, investigados por supostamente organizarem um esquema de “rachadinha”, onde funcionários públicos são forçados a repassar parte de seus salários aos políticos. A investigação teve início em março de 2023, após denúncias sobre a prática, que inclui a nomeação de servidores para cargos comissionados, com a exigência de repasse salarial em troca de permanência nos cargos. A denúncia também inclui outros dez envolvidos, entre eles familiares dos vereadores.
Além das acusações de rachadinha, surgiram alegações de crimes adicionais, como a manutenção de uma testemunha em cárcere privado e a conexão de um dos vereadores com a morte de um motorista de aplicativo que denunciou o esquema. Apesar de terem sido afastados temporariamente em agosto de 2023 e de a Justiça ter determinado a proibição de contato com outros investigados, os vereadores retornaram aos seus cargos em 2024, mas ainda sob restrições legais.
A denúncia revela que os parlamentares também eram responsáveis por indicar funcionários para a prefeitura, criando uma rede de corrupção que envolvia o desvio de salários. O processo tramita em segredo de Justiça, e os vereadores não conseguiram se reeleger nas eleições de 2024, refletindo o impacto da investigação em suas carreiras políticas.