As investigações da Delegacia de Homicídios da Capital expuseram uma rede de seguranças vinculados a atividades criminosas, incluindo contravenção e máfia de cigarros ilegais. Em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, 42 seguranças, sendo 23 deles policiais militares em atividade, foram associados a visitas frequentes a um dos apartamentos, levantando preocupações sobre a legalidade dessas relações. A atividade de segurança em si não é criminosa, mas muitos desses indivíduos têm histórico criminal e estão sendo investigados em diversos casos de homicídio e outros crimes.
A ligação entre os seguranças e atividades ilícitas foi corroborada por escutas telefônicas e registros que indicam envolvimento em assassinatos relacionados a disputas pelo jogo do bicho na região. Nomes mencionados nas investigações estão associados a uma série de crimes graves, como homicídios, tráfico de drogas e corrupção. A Polícia Militar declarou que está acompanhando a situação e que os policiais envolvidos estão sujeitos a processos disciplinares, enquanto as investigações judiciais continuam em andamento.
Os dados coletados demonstram que, dos 42 seguranças, 30 estão enfrentando processos judiciais ou investigações anteriores. Além disso, a análise dos registros de entrada nos prédios revelou a presença de indivíduos que, mesmo com passagens pela polícia, mantiveram relações próximas com aqueles investigados. A situação levanta questões sobre a eficácia da supervisão das atividades de segurança privada e a integridade das forças policiais envolvidas.