Duas gêmeas de seis anos, Manuela e Antônia, morreram em um intervalo de oito dias em Igrejinha, no Rio Grande do Sul, levando a Polícia Civil a investigar o caso. Manuela faleceu no dia 7 de outubro devido a uma parada cardiorrespiratória, e sua irmã seguiu o mesmo destino em 15 de outubro. A ausência de problemas de saúde pré-existentes nas crianças e a semelhança nas circunstâncias de suas mortes levantaram suspeitas, resultando na prisão temporária da mãe, que é investigada por duplo homicídio. O pai das meninas, que não está sob investigação, declarou desconhecer a causa das mortes.
As investigações apontam para a possibilidade de envenenamento, com indícios de que a mãe misturou remédios na comida e que três gatos das crianças também morreram em circunstâncias misteriosas. Relatos de médicos que atenderam as gêmeas indicam uma possível intoxicação, dado o quadro de hemorragia observado. Além disso, depoimentos de profissionais da saúde e educação revelaram um contraste nas atitudes dos pais em relação às filhas, com o pai sendo descrito como presente e amoroso, enquanto a mãe demonstrava indiferença.
As gêmeas, que estavam sob monitoramento da rede de proteção à criança e ao adolescente, tiveram um histórico familiar complicado, incluindo a morte do irmão mais velho. A situação das crianças foi monitorada por órgãos competentes, mas relatos de um possível descaso na assistência estão sendo apurados pelo Ministério Público. Uma comissão foi instaurada para investigar falhas na rede de proteção, visando entender como as crianças estavam sob risco antes de suas mortes trágicas.