Um influenciador digital se tornou alvo de um inquérito policial após a divulgação de um laudo médico falso, que o associava ao uso de drogas, antes do primeiro turno das eleições municipais. A investigação, conduzida pelo delegado do 89.º Distrito Policial, foi aberta a partir de uma representação da pessoa afetada, que alegou ser vítima de injúria e crimes eleitorais. A Polícia Federal também confirmou a falsidade do documento, corroborando o parecer da Polícia Civil, que identificou irregularidades na assinatura de um médico que nunca examinou o mencionado indivíduo.
As implicações legais para o influenciador vão além da esfera criminal. Além da possibilidade de ser responsabilizado pela divulgação do laudo falso, ele enfrenta uma ação no Tribunal Superior Eleitoral, que pode torná-lo inelegível para futuras eleições. A legislação eleitoral exige provas da ciência sobre o ato abusivo e do benefício obtido com a divulgação de informações falsas, tornando a situação do influenciador semelhante a outros casos de abuso eleitoral já julgados.
As perícias realizadas pela Polícia Federal revelaram discrepâncias significativas na assinatura do documento, utilizando técnicas de grafoscopia para determinar a autenticidade. A análise comparativa com documentos oficiais mostrou que a assinatura em questão não pertence ao médico, indicando a provável falsificação. Com a complexidade do caso e a abrangência das investigações, as consequências para o influenciador podem ser severas, refletindo a necessidade de responsabilidade na disseminação de informações durante processos eleitorais.