A investigação que apura suspeitas de corrupção envolvendo magistrados do Mato Grosso do Sul foi transferida do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para o Supremo Tribunal Federal (STF). O pedido foi atendido pelo ministro do STJ, que determinou que todos os processos e evidências coletadas sejam enviados para o STF, onde o ministro Cristiano Zanin assumirá a responsabilidade pela apuração. Os desembargadores afastados, que recebem salários significativamente altos, agora devem usar tornozeleiras eletrônicas durante o período de investigação.
Na operação realizada pela Polícia Federal, foram alvos cinco desembargadores, suspeitos de venda de sentenças e práticas corruptas. Além do afastamento inicial de 180 dias, as autoridades apreenderam armas e uma quantia significativa em dinheiro nas residências dos investigados. A operação, batizada de Ultima Ratio, resulta de uma investigação de três anos, ressaltando o compromisso das instituições com a luta contra a corrupção.
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul e a Associação dos Magistrados do estado informaram que estão cientes da operação, mas não se pronunciarão sobre o andamento das investigações até que mais informações estejam disponíveis. Ambas as instituições reiteraram seu compromisso com a transparência e a legalidade, assegurando que o devido processo legal será respeitado durante todo o processo investigativo.