O RJ2 investigou a relação entre várias empresas que operam em um mesmo endereço em Nova Iguaçu e a Fundação Saúde, que recentemente se tornou alvo de investigações devido a um caso de infecção de pacientes. Duas empresas da família do diretor executivo da fundação estão registradas no mesmo local de outras duas que receberam mais de R$ 54 milhões em verbas públicas. O Centro Médico Dom Walmor e o Palmar Lab, que têm como sócio-administrador Mário Luiz Mentrop, têm prestado serviços para a fundação, mas muitos contratos foram firmados sem licitação ou através de dispensa.
A investigação revelou que, embora uma das empresas da família do diretor não opere mais no local, outras firmas vinculadas a parentes continuam a funcionar no mesmo endereço, levantando questionamentos sobre a transparência nas contratações públicas. O diretor da Fundação Saúde alegou que as contratações foram feitas de forma transparente e que as empresas da família não têm contratos diretos com a fundação, embora a proximidade física das empresas suscitem dúvidas.
A Polícia Federal e o governo estadual estão conduzindo investigações sobre a contratação de um laboratório que resultou na infecção de seis pacientes com HIV, o que ampliou a atenção sobre a Fundação Saúde. A situação destaca a necessidade de uma revisão nos processos de licitação e a transparência nas relações entre órgãos públicos e empresas privadas, especialmente quando há indícios de conexões familiares e conflitos de interesse.