O Departamento de Justiça dos Estados Unidos está investigando um contrato firmado em 2014 pelo governo brasileiro para a compra de 36 caças Gripen, da fabricante sueca Saab. Essa licitação, considerada a maior aquisição militar da América Latina, teve um custo de 4,5 bilhões de dólares e contou com a participação de outras empresas, como Boeing e Dassault. O processo de aquisição começou em 2006 e se estendeu por oito anos, culminando no final do primeiro mandato da ex-presidente Dilma Rousseff.
A investigação surgiu em meio a alegações de espionagem envolvendo autoridades brasileiras, incluindo a ex-presidente e outros membros do governo, que foram monitorados por agentes dos Estados Unidos. Recentemente, a Saab confirmou que foi intimada a fornecer informações sobre a licitação, revelando assim a existência da investigação em solo americano, o que levanta questões sobre a transparência e a legalidade do processo.
Além disso, o atual presidente foi denunciado em 2016 por suspeitas relacionadas a tráfico de influência nessa contratação. A denúncia apontou que ele, mesmo após seu mandato, teria integrado um esquema que prometia facilitação de negócios em troca de compensações financeiras. No entanto, a ação penal contra ele foi suspensa em 2023, e o ex-presidente nega qualquer participação nas negociações do contrato que foi assinado após seu mandato.