A médica de Pato Branco, no sudoeste do Paraná, foi indiciada por estelionato, falsificação de documentos e lesão corporal após pacientes denunciarem a emissão de laudos falsos de câncer de pele e a indicação de cirurgias desnecessárias. A investigação, que começou em março, contou com a colaboração de pelo menos 30 vítimas, que relataram pressão psicológica durante as consultas para a realização imediata dos procedimentos. O delegado responsável pelo caso destacou que a médica agia sozinha e que o inquérito comprovou suas práticas fraudulentas.
O Ministério Público ofereceu denúncia contra a profissional, que enfrentará acusações de lesão corporal, estelionato e falsidade ideológica, além de atuar sem as devidas qualificações. A médica já havia sido punida pelo Conselho Regional de Medicina do Paraná por anunciar especialidades que não possuía e, desde maio, está impedida de exercer a profissão por um período de 180 dias. A situação se agrava com a descoberta de que a médica falsificava laudos utilizando uma máquina de xerox em seu consultório.
Uma gravação obtida durante a investigação revela a médica comemorando a retirada de um falso melanoma, reforçando as alegações das vítimas. O áudio foi considerado uma evidência crucial, demonstrando a intenção de enganar as pacientes. As investigações continuam sob sigilo, enquanto o caso aguarda a decisão da Justiça sobre a aceitação da denúncia.