Uma investigação realizada pela Delegacia Antissequestro (DAS) revelou que uma facção criminosa está utilizando familiares para movimentar quantias significativas provenientes de atividades ilícitas, totalizando mais de R$ 6 milhões. Durante a operação, foram apreendidos 120 celulares em celas e executados 44 mandados de busca e apreensão. Além disso, duas mulheres foram identificadas como parte do esquema de lavagem de dinheiro, com movimentações financeiras consideradas desproporcionais em relação ao seu patrimônio e atividades econômicas.
Os criminosos empregam uma estratégia conhecida como smurfing, que envolve a mistura e transferência de valores em sequência para dificultar a rastreabilidade das transações. As investigações incluem o bloqueio de bens de 84 indivíduos, totalizando R$ 67 milhões, com o objetivo de desmantelar a estrutura financeira da facção. O Ministério Público do Rio de Janeiro está atuando em conjunto com a polícia para coibir práticas de lavagem de dinheiro e extorsão, e novas informações sobre a organização criminosa são esperadas à medida que as investigações avançam.
O uso de familiares e visitantes para garantir a segurança das operações financeiras demonstra a complexidade do esquema, que se aproveita de relações pessoais para ocultar atividades criminosas. A operação busca não apenas a responsabilização dos envolvidos, mas também a interrupção das atividades da facção, visando um impacto duradouro no combate ao crime organizado na região.