A Polícia Civil do Rio de Janeiro concluiu a primeira fase de uma investigação sobre o laboratório PCS Lab Saleme, relacionado a erros em testes de HIV que resultaram na infecção de pacientes após transplantes de órgãos. Os testes de dois doadores realizados no laboratório, que mostraram resultados negativos para o vírus, foram considerados equivocados, levando à contaminação de pelo menos seis pessoas. Quatro mandados de prisão foram cumpridos, incluindo o sócio do laboratório e três funcionários, em resposta às falhas nos procedimentos.
Durante a investigação, foi descoberto que a assinatura em um dos laudos errados pertencente a uma funcionária estava associada a um registro inativo desde junho de 2023, levantando preocupações sobre a legalidade das operações do laboratório. A segunda fase da operação, denominada Verum, foi iniciada para aprofundar a análise de documentos e dados obtidos durante as buscas. A colaboração entre a Polícia Civil, o Ministério Público e a Polícia Federal visa assegurar que os responsáveis sejam punidos judicialmente.
As autoridades alegam que os casos de infecção foram causados por falhas operacionais motivadas por interesses financeiros. Um contrato firmado entre o laboratório e a Fundação Saúde do RJ, com um valor significativo, destaca a necessidade de análises clínicas adequadas, que, segundo o Conselho Regional de Farmácia, não estavam sendo cumpridas, uma vez que o laboratório não possuía registro e farmacêuticos adequadamente registrados.