A Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente da Polícia Civil do Rio de Janeiro está apurando o recente aparecimento de quatro capivaras mortas a tiros na região das Lagoas de Jacarepaguá. As investigações indicam que esses animais estão sendo caçados para a comercialização da carne em feiras locais. O biólogo Mário Moscatelli, que acompanha a situação, ressalta que a caça de capivaras e jacarés na área é um problema recorrente e que, frequentemente, os animais feridos agonizam antes de morrer.
Moscatelli alerta para os riscos associados ao consumo da carne desses animais, que pode estar contaminada por cianotoxinas provenientes da degradação ambiental da região. A toxina é acumulativa e pode causar sérios problemas de saúde ao longo do tempo. O biólogo enfatiza que a caça é crime ambiental, sendo proibida no Brasil, e sugere a necessidade de um trabalho coordenado entre os órgãos ambientais e a polícia para identificar e punir os responsáveis.
Além das ações da Polícia Civil, a Polícia Militar Ambiental começou a atuar na região, mas Moscatelli defende uma gestão permanente dos recursos naturais locais. Ele destaca a importância de proteger as lagoas e seus ecossistemas, afirmando que os animais vivos representam um valor econômico significativo para o ecoturismo na cidade. Para isso, é necessário um compromisso efetivo do estado e do município em combater a caça ilegal e promover a preservação ambiental.