A Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente da Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga o assassinato de quatro capivaras a tiros na região das Lagoas de Jacarepaguá, onde denúncias indicam que os animais estão sendo caçados para a comercialização de sua carne em feiras locais. Segundo biólogos da área, essa prática de caça tem se intensificado e se torna recorrente, levando a um aumento na mortalidade dos animais, que muitas vezes agonizam após serem feridos.
Além das investigações em andamento, um especialista alertou sobre os riscos à saúde associados ao consumo da carne desses animais, que podem estar contaminados por toxinas produzidas por cianobactérias presentes nas lagoas. Mesmo após o cozimento, a carne continua a representar um perigo devido à acumulação de cianotoxinas no organismo, que podem causar sérios problemas de saúde a longo prazo. O biólogo enfatizou que a situação configura crime ambiental, já que a caça de capivaras é proibida no Brasil.
Para enfrentar esse problema, o especialista propôs a necessidade de uma gestão permanente dos recursos naturais da região, com ações integradas entre órgãos ambientais e de segurança pública. Ele ressaltou que a proteção das lagoas é fundamental não apenas para a conservação da fauna local, mas também para o desenvolvimento do ecoturismo na área, destacando que os animais vivos possuem um valor econômico muito superior ao da carne comercializada ilegalmente. A proposta inclui um trabalho de inteligência para identificar e punir os responsáveis por essas práticas ilegais.