O governo argentino suspendeu a produção de cédulas na Casa de Moeda, um órgão que imprime pesos argentinos desde 1875. A medida faz parte da política de ajuste fiscal e reforma estatal do governo, provocando reações intensas de sindicatos que alegam que a decisão enfraquece a soberania econômica do país. Entre as cédulas afetadas estão as de menor denominação, como as de 1.000 e 2.000 pesos, que sofreram perdas de valor devido à inflação, e a determinação de férias para funcionários envolvidos na produção.
A nova política inclui a encomenda de cédulas de maior valor, como as de 10.000 e 20.000 pesos, a empresas estrangeiras, como a estatal chinesa Banknote Printing and Minting Corporation. Essa dependência de fornecedores internacionais tem sido justificada pelo governo em termos de custos e prazos, mas resulta na descontinuação da produção interna, colocando a Casa de Moeda em uma situação financeira crítica, com uma dívida estimada em 400 milhões de dólares.
O futuro da Casa de Moeda é incerto, com o governo considerando várias opções que vão desde o fechamento definitivo até a privatização ou reestruturação significativa da entidade. A crítica da Associação dos Trabalhadores do Estado ressalta o risco de uma possível privatização, evidenciando a preocupação com a autonomia financeira da Argentina diante dessas mudanças.