O primeiro dia de interrogatório dos réus do caso Marielle Franco no Supremo Tribunal Federal (STF) foi interrompido por falhas no sistema de internet da Penitenciária Federal de Campo Grande. Durante a sessão de cinco horas, os questionamentos ao deputado federal Chiquinho Brazão tiveram que ser refeitos diversas vezes devido às quedas de conexão, resultando na necessidade de adiamento da audiência para o dia seguinte. O desembargador responsável chegou a considerar a possibilidade de transferir o réu para a carceragem da Polícia Federal para evitar novas interrupções.
Na continuidade do interrogatório, espera-se que o depoimento de Chiquinho seja finalizado e que o irmão dele, também réu, Domingos Brazão, possa ser ouvido. O juiz expressou a expectativa de que todos os acusados, que enfrentam sérias acusações, sejam interrogados até a sexta-feira seguinte. A acusação envolve homicídio e organização criminosa, e todos os réus negam participação nos crimes.
Após os interrogatórios, acusação e defesa terão um prazo para solicitar novas diligências e apresentar suas alegações finais. Esse processo é parte do procedimento padrão em ações penais, onde os réus têm a oportunidade de apresentar suas versões dos fatos antes que o caso seja encaminhado para julgamento.