O custo da assistência médica no Brasil é um desafio significativo, tanto no Sistema Único de Saúde (SUS) quanto na saúde complementar. A inteligência artificial (IA) surge como uma solução potencial para melhorar a eficiência do sistema, ajudando a identificar desperdícios e otimizar recursos. Durante o Summit Saúde e Bem-Estar, realizado em São Paulo, especialistas destacaram a importância de traçar estratégias para reduzir custos e falhas no atendimento, com foco em práticas que evitem fraudes e erros médicos.
A concentração do mercado de planos de saúde no Brasil tem gerado um cenário de poucas opções para os consumidores, dificultando a concorrência e sufocando empresas menores. O aumento das aquisições por grandes operadoras resulta em uma gestão verticalizada, que oferece maior controle sobre os serviços prestados, mas também limita a competitividade do setor. Nesse contexto, ferramentas de IA podem ser essenciais para permitir que operadoras menores permaneçam no mercado, organizando dados e identificando áreas de otimização.
Além de detectar fraudes e desperdícios, a IA pode auxiliar na gestão de altas complexidades, propondo a liberação de pacientes para home care quando apropriado. É fundamental que a análise de dados seja complementada por avaliações humanas, garantindo que as decisões médicas sejam fundamentadas em um entendimento abrangente do quadro de saúde dos pacientes. A combinação de tecnologia e expertise médica é vista como crucial para a sustentabilidade do sistema de saúde brasileiro, visando atender a uma população crescente com recursos limitados.