Recentemente, pesquisadores e gestores públicos se reuniram para discutir a aplicação da inteligência artificial e a governança de dados nas políticas públicas educacionais durante o seminário “Educação, Governança de Dados e Inteligência Artificial”, organizado pelo Ministério da Educação. O evento, que contou com a colaboração da Universidade Federal de Alagoas e do Instituto Federal de Brasília, buscou identificar alternativas para melhorar o gerenciamento de informações que assegurem direitos e informem a tomada de decisões, destacando a importância de dados em tempo real para apoiar alunos e garantir sua permanência na educação.
Um dos principais desafios mencionados no seminário foi a obtenção de documentos, como históricos escolares, para estudantes que frequentaram mais de uma instituição de ensino. Essa situação evidencia a necessidade de atualizar as práticas de tratamento de dados na rede educacional. A diretora de Apoio à Gestão Educacional ressaltou que a falta de interação e interoperabilidade entre os dados impede a oferta de serviços públicos que poderiam beneficiar os cidadãos de maneira mais eficiente.
Para enfrentar esses desafios, foi criado o “Gestão Presente”, um hub educacional que visa armazenar e organizar dados da educação básica, facilitando processos administrativos como matrícula e registro de frequência. Os participantes também discutiram a carência de profissionais qualificados nas redes municipais de educação, o que gera alta rotatividade de pessoal e impacta a qualidade da gestão educacional. As discussões destacaram o potencial da tecnologia não apenas como um recurso educacional, mas como uma ferramenta fundamental para otimizar a eficiência na gestão da educação.