Pesquisadores dos Estados Unidos desenvolveram um modelo de inteligência artificial (IA) capaz de identificar e medir lesões agressivas do câncer de próstata, o que pode levar a decisões de tratamento mais precisas. Os resultados desse estudo foram publicados na revista Radiology e destacam a importância do diagnóstico precoce para o sucesso no tratamento da doença, que é a segunda mais comum entre os homens no Brasil. O modelo de IA foi treinado com dados de exames de ressonância magnética de 732 pacientes, demonstrando eficácia ao identificar 85% das lesões mais agressivas.
Além de localizar as lesões, o modelo de IA revelou que tumores de maior volume estão associados a um risco elevado de falha no tratamento e metástase, independentemente de outros fatores. Isso sugere que a tecnologia pode ser uma ferramenta valiosa para oncologistas, permitindo uma compreensão mais aprofundada da agressividade do tumor e possibilitando planos de tratamento mais personalizados. As medições feitas pela IA mostraram potencial prognóstico significativo, com tumores maiores correlacionados a uma maior probabilidade de recidiva do câncer.
Os pesquisadores pretendem ampliar o alcance de seus estudos testando o modelo com conjuntos de dados maiores e diversificados. O objetivo é validar suas descobertas em diferentes instituições e coortes de pacientes, assegurando que a abordagem seja aplicável a uma gama mais ampla de casos. Essa inovação na medicina de precisão pode transformar o tratamento do câncer de próstata, oferecendo aos médicos ferramentas mais eficazes para tomar decisões informadas e aumentar as chances de cura dos pacientes.