O Global Innovation Index 2024, da Organização Mundial da Propriedade Intelectual, coloca o Brasil na 50ª posição entre 133 países, evidenciando a necessidade de avançar em inovação, especialmente nas ciências da vida. Apesar de estar em 21º lugar na inovação científica entre líderes globais e 2º entre países de baixa e média renda, ainda há desafios a serem superados na tradução da pesquisa em impactos concretos na saúde. A professora Sue Ann Costa Clemens ressalta a importância de conectar talentos e nichos de pesquisa para que a inovação se torne sustentável e aplicada à realidade brasileira.
A discussão sobre inovação não se limita a novos produtos, mas inclui melhorias em processos existentes. A criatividade é um elemento central nesse contexto, e a transparência nas inovações pode facilitar sua aceitação e fomentar o crescimento econômico. Durante o evento, foram destacados focos de inovação nas ciências da vida, como oncologia personalizada, resistência antimicrobiana e os efeitos das mudanças climáticas na saúde, indicando um leque de oportunidades para o avanço do setor.
Por fim, a inteligência artificial foi apontada como uma ferramenta promissora para acelerar a pesquisa em vacinas e no controle de doenças infecciosas. Sue enfatiza que a IA pode otimizar o processo de identificação de alvos e no design de produtos candidatos, melhorando a eficiência da pesquisa. No entanto, ela destaca que é essencial qualificar os profissionais e garantir investimentos na indústria nacional para que o Brasil possa efetivamente transformar sua produção científica em benefícios para a saúde da população.