Um homem do Texas, condenado à pena de morte pelo assassinato da filha, tem sua execução por injeção letal marcada para esta quinta-feira (17). No entanto, seus advogados, acompanhados por legisladores, médicos e um ex-detetive, questionam a validade das evidências que levaram à condenação, alegando que foram baseadas em interpretações científicas falhas. Em 2002, após a morte da criança, alegações de trauma abusivo foram apresentadas, mas um grupo de especialistas agora sustenta que as lesões observadas correspondiam a complicações de pneumonia severa não diagnosticada.
Os defensores de clemência para o condenado argumentam que novas evidências demonstram que a pneumonia pode ter sido a causa da morte, em vez de abuso físico, desafiando o diagnóstico tradicional da síndrome do bebê sacudido, que tem sido criticado por ser aplicado indiscriminadamente. A discussão em torno do caso reacende o debate sobre a confiabilidade de diagnósticos médicos em investigações de abuso infantil, com visões divergentes entre especialistas e promotores sobre a culpabilidade do réu.
Com base na legislação do Texas, a clemência é uma possibilidade limitada, exigindo a recomendação da Comissão de Indultos e Liberdade Condicional. O governador do Texas, que tem concedido clemência raramente, ainda não se pronunciou sobre o caso de forma oficial. Legisladores que apoiam a revisão do caso ressaltam a importância de garantir que uma possível execução seja respaldada por provas conclusivas, especialmente diante de novas alegações que questionam a culpabilidade do condenado.