Em busca de soluções sustentáveis e de mecanismos financeiros, a sociedade civil está se unindo para desenvolver a economia da restauração florestal no Brasil. Novos projetos estão focados no mercado de carbono, visando promover a recomposição da cobertura verde e criar oportunidades para comunidades locais. Um exemplo disso é a recente parceria entre uma empresa de restauração e a ONG Conservação Internacional para um projeto de 12 mil hectares na Bahia, com apoio da Priceless Planet Coalition, que reúne esforços de diversos setores para enfrentar as mudanças climáticas.
A meta de restaurar 12 milhões de hectares até 2030 foi reafirmada com a atualização do Plano Nacional de Recuperação de Vegetação Nativa (Planaveg), apresentado durante a COP16. A ministra do Meio Ambiente enfatizou a necessidade de transformar recursos financeiros em ações de restauração, destacando o impacto positivo na biodiversidade e na geração de empregos. O Planaveg aponta um passivo de 23,7 milhões de hectares que precisam ser recuperados, com estratégias que variam conforme a ocupação das áreas degradadas.
Um estudo recente publicado na revista Nature revela que o Brasil possui um quarto do potencial global de regeneração natural em regiões tropicais desmatadas, correspondendo a 55,12 milhões de hectares. Esse potencial pode ser explorado por meio de técnicas de restauração de baixo custo, aumentando a escala de recuperação de vegetação nativa. As políticas públicas, como as propostas no Planaveg, visam implementar estratégias eficazes que incentivem a regeneração natural, principalmente em unidades de conservação, garantindo a recuperação das áreas degradadas de forma sustentável.