Nos últimos tempos, empresas petrolíferas têm se aproximado do Partido Republicano e de seu candidato à Casa Branca, ex-presidente Donald Trump, em um movimento inesperado para preservar as partes da Lei de Redução da Inflação (IRA) que favorecem seus interesses. Embora tenham inicialmente se oposto à legislação aprovada em 2022, grandes empresas do setor, como Exxon Mobil e Occidental Petroleum, passaram a valorizar as disposições que direcionam bilhões de dólares para projetos de energia de baixo carbono, uma área na qual estão investindo pesadamente.
Executivos do setor de combustíveis fósseis, predominantemente pró-Trump, expressam preocupações de que o ex-presidente, se reeleito, possa se aliar a legisladores conservadores que desejam revogar a IRA. Essa possibilidade gera apreensão sobre a perda de créditos fiscais cruciais para investimentos em tecnologias de combustível renovável, captura de carbono e hidrogênio. Esses projetos, embora promissores, dependem do suporte governamental para se consolidar nos primeiros anos.
Em um evento de arrecadação de fundos em Houston, a CEO da Occidental ressaltou a importância de manter os créditos fiscais que sustentam os investimentos da empresa em tecnologias de captura direta de carbono. A Occidental está desenvolvendo uma planta de captura direta de ar no Texas, com planos de expandir essa infraestrutura nos próximos anos. Essa situação reflete uma mudança significativa nas prioridades da indústria petrolífera, que agora reconhece os benefícios de políticas climáticas que, anteriormente, considerava adversas.