A indústria de transformação brasileira apresentou um crescimento de 2,9% no segundo trimestre de 2024, em comparação com o mesmo período do ano anterior, elevando o país à 40ª posição em um ranking de 116 nações. Este avanço de 30 posições em relação ao ano anterior é atribuído a diversos fatores, incluindo a redução da taxa de juros, que facilitou o acesso ao crédito, e o aumento na renda dos trabalhadores, impulsionado por políticas públicas como o reajuste do salário mínimo e a ampliação do Bolsa Família.
O desempenho da indústria brasileira superou o de outros países latino-americanos e até de potências econômicas como os Estados Unidos e o Reino Unido, que apresentaram quedas na produção industrial. Além disso, a demanda por bens duráveis, juntamente com a recente exportação de veículos para a Argentina, indica uma recuperação significativa do setor. Estima-se que essa indústria desempenhe um papel crucial no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2024, com um aumento de 1,9% na produção no acumulado de 12 meses até agosto.
No entanto, o novo ciclo de aumento na taxa de juros, iniciado em setembro, acende um sinal de alerta sobre a sustentabilidade desse crescimento. Especialistas destacam que, embora a indústria esteja reagindo positivamente, a concorrência com produtos chineses, intensificada por barreiras comerciais impostas por Estados Unidos e Europa, poderá impactar a competitividade dos produtos brasileiros no mercado interno e internacional. O cenário para 2024, embora otimista, requer atenção a esses desafios econômicos emergentes.